Amurc pede celeridade na demarcação de Terras Indígenas no sul da Bahia

Conflito preocupa
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Durante uma visita ao município de Buerarema, nesta sexta-feira (16), o presidente da Amurc e prefeito de Ibicaraí, Lenildo Santana esteve reunido com representantes do Poder Executivo e criaram um Grupo de Trabalho, composto por integrantes dos poderes locais constituídos com o intuito de buscar uma solução imediata, junto aos governos, Estadual e Federal, bem como o Superior Tribunal Federal (STF) para as invasões indígenas, que já dura 15 dias na localidade.

São 47 mil hectares de Terra em disputa, que envolve ainda os municípios de Ilhéus, Una e São José da Vitória. De acordo com o prefeito de Buerarema, José Agnaldo Barreto dos Anjos, em poucos dias foram registradas 32 invasões, com atos de vandalismo, gerando desordem no município.

“É uma situação difícil que o nosso município vem passando. Temos buscando manter a ordem, mas as invasões têm ocorrido com frequência, gerando uma série de conflitos no município. Então, nos cobramos uma atitude rápida do Supremo Tribunal Federal para a demarcação das Terras”, declarou o gestor.

O presidente da Amurc se solidarizou com o prefeito da localidade na perspectiva de garantir a soberania e a autonomia do município, já que é o ente representativo de toda a população, com o propósito de zelar pela segurança, pela paz e pelos interesses políticos, econômicos e sociais de todos.

“Diante da situação a Amurc solicita uma interlocução do meio político e do judiciário para acelerar o processo de decisão, pois além da angústia por parte da população, isso tem causado prejuízos econômicos para toda a região envolvida, já que a economia predominante nessas localidades depende da atividade rural”, pontuo Lenildo.

O Grupo de Trabalho ficará responsável por acompanhar e fornecer dados para que a Associação possa interagir com as instâncias estaduais e federais, bem como o Poder Judiciário, no intuito de alcançar uma solução que atenda aos interesses em comum.

Nesta sexta-feira, agricultores e comerciantes fecharam a BR – 101, nas proximidades do município como forma de pressionar o Superior Tribunal Federal para deliberar sobre a demarcação da área em litígio.